sábado, 26 de dezembro de 2009

Sentir o Natal

Tem gente que não gosta do Natal, acha uma data triste. Eu não, ao contrário. Para mim é um dia muito alegre, que traz boas lembranças, cheiro de farofa feita em casa, de peru assado com fios de ovos.


Me faz recordar do meu pai - que não está mais aqui - quando ele me levava, no dia 24, para ver, no cinema, o lançamento do último filme dos Trapalhões. Era para me enrolar, enquanto minha mãe, muito cuidadosa, armava uma frondosa árvore de Natal, cheia de bolas coloridas e de algodões, imitando a neve.


Quando voltávamos para casa, de noitezinha, estava tudo pronto para esperar o Papai Noel. Hoje me sinto ainda mais feliz por ter consciência de estar viva, com saúde, ter quem amo ao lado e por escolha. Por isso, para mim, é muito fácil estar feliz... porque enxergo em volta e percebo que tudo está em seu lugar dentro de mim...


Hoje, Natal é estar com minha mãe, com meu amor e a família dele, que já virou a minha... é ver a carinha dele abrindo os presentes desejados e escolhidos com carinho por mim... é notar minha mãe feliz, brincando com as crianças, é ver a bagunça na sala da Dona Sandra e querer repetir a dose a cada ano... é gostoso olhar para eles e ter um amor grande no peito para compatrilhar com o mundo... temos emprego, amigos, família e quem nos ame... quer melhor presente?


Fico até constrangida em me sentir tão contente, tendo pessoas sem perspectivas e sem alento em suas vidas... queria dar de presente a elas a paz no coração e jogar fora o sofrimento que por ventura sintam... e daria também, o dobro da minha alegria, pois ela me abarrota o peito...


Hoje vi uma menina dizer à mãe no momento em que sua bola de sorvete caiu: "não tem problema, eu consegui dar duas lambidas...outro dia, quando a senhora tiver dinheiro de novo, me dá outra, né?"... Isso é ser otimista, é ver com alegria e simplicidade até mesmo o avesso das coisas... Assim vejo o Natal, sempre!!!
Boas festas a todos!!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A Volta...

Sempre mantive diários, desde os 10 anos. O primeiro, era um caderno aspiral de capa verde e outros tantos vieram depois, em formatos de agendas auto-biográficas. Acontece que parei de falar comigo mesma há uns bons nove anos. Faz algum tempo que acalentava o desejo de voltar a escrever para mim e, com o advento dos Blogs, a vontade aumentou.


Porém, ao aceitar o desafio de retomar diálogos internos através desta ferramenta, também teria que aceitar a responsabilidade de me expor, uma vez que agora, meus pensamentos sobre mim e as coisas em volta seriam lidos por outros que não apenas eu. Aqui não contarei minhas peraltices de criança ou adolescente, mas minhas opiniões. Pensei, pensei, a preguiça batia como desculpa de nunca começar. Enfim, o dia chegou! Achei, sem querer, o link do blog e fui clicando, deixando a ocasião se abancar, de vez.


Não prometo regularidade, nem coerência. Prometo, sim, sentimentos e pitacos. Acho que a proximidade de 2010 abre novas perspectivas de planos e de objetivos. Começar um Blog já está de bom tamanho. Vamos ver no que dá. A verdade é que estou empolgada e ansiosa em saber que agora terei um espaço só meu em que posso me expressar como bem entender, errar e, porque não, ser ouvida por qualquer um, em qualquer parte do mundo. Nem que seja apenas pelos amigos pacienciosos ou por familiares corujas.


Penso que aqui conseguirei aprimorar minha escrita e alinhar meus pensamentos. A viagem ao meu desconhecido começou hoje, ante-véspera do Natal de 2009! Beijos ao primeiro a ler-me!